terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Paulo Cézar Lima, o PC Caju


Paulo Cézar Lima (Rio de Janeiro, 16 de julho de 1949) tinha o sonho de fazer sucesso no futebol e sair da miséria. Como a favela onde fora criado ficava no bairro de Botafogo, nada era mais natural do que ele tentar a sorte no alvinegro de General Severiano.

Foi revelado pelo Botafogo, atuando pelo clube de 1967 a 1972. Em 1967, aos 18 anos, Paulo Cézar concretizou de vez seu sonho, ao se tornar jogador do time principal do Botafogo e participar de sua primeira temporada no Glorioso. Seu futebol habilidoso e provocador chamou a atenção do público futebolístico.

Ainda em 1967, Paulo Cézar foi convocado pela primeira vez para a Seleção Brasileira.

Foi campeão carioca em 1967 – quando marcou três gols no jogo decisivo contra o América – e 1968, e da Taça Brasil de 1968.


Aos 21 anos de idade disputou a Copa do Mundo de 1970, no México, em que o Brasil conquistou seu terceiro título mundial.

Com a perda do título carioca para o Fluminense em 1971, Paulo Cézar foi responsabilizado pela derrota e teve que deixar o Botafogo. O motivo da discórdia foi uma jogada que fez em um jogo realizado quando seu clube estava com boa vantagem na tabela, a poucos jogos do fim: Paulo Cézar fez embaixadas diante de seus marcadores, o que foi entendido como uma atitude de desprezo para com os demais adversários do Botafogo, que até então aceitavam a superioridade do time. A partir daí as partidas se tornaram bem mais difíceis, com o time alvinegro perdendo pontos importantes até finalmente ser superado pelo Fluminense, que se sagrou campeão através de um gol irregular.

(Paulo Cézar com Roberto Miranda)

Em 1972 Paulo Cézar transferiu-se para o Flamengo, time pelo qual jogou até 1974. Ganhou o apelido de “Caju” nessa época, graças ao fato de ter comprado um carro com a cor dessa fruta, com o dinheiro que ganhou na transferência e de ter usado os cabelos descoloridos, para combinar com o carro em suas saídas pela noite carioca. Na Copa do Mundo de 1974, na Alemanha, foi titular da Seleção Brasileira.

Depois de disputar a Copa do Mundo de 1974 foi vendido ao Olympique de Marseille, da França. “Sempre troquei de time por interesses profissionais”, disse à revista Placar em 1979. “E acho que deve ser assim mesmo, pois a carreira é curta. Hoje, minha situação financeira é apenas razoável, ao contrário do que muitos podem pensar. Contrato excepcional mesmo só fiz com o Olympique. Os outros foram apenas bons.”

Jogaria ainda pelo Fluminense, tendo sido bicampeão carioca em 1975 e 1976, semifinalista dos campeonatos brasileiros nestes anos e conquistado vários torneios internacionais amistosos neste mesmo período.

Teve uma primeira passagem pelo Grêmio em 1978 e 1979. Saiu do clube gaúcho e passou ainda por Vasco da Gama e Corinthians, que fez um apelo publicitário aos seus torcedores para arrecadar dinheiro para sua contratação. Retornou ao tricolor gaúcho, onde foi campeão do Mundial de Clubes em 1983.

Em 1997 foi produzido um documentário sobre sua vida, feito para lançamento durante a fase promocional da Copa do Mundo de 1998, na França. Embora as filmagens se concentrem em mostrar dez dias de seu cotidiano como ex-jogador sem que o mesmo preste qualquer depoimento ou entrevista formal, há algumas referências sobre a sua bem-sucedida e polêmica carreira, além de mostrar belas jogadas preservadas em arquivos diversos.


Em 2005 foi homenageado pelo Botafogo com o lançamento de uma camisa comemorativa, com seu nome e o número 11 às costas. A partir de maio de 2008, passou a escrever às terças-feiras para o Jornal da Tarde, onde prometeu “soltar o verbo”.

Paulo Cézar fez 83 gols em 264 partidas que disputou pelo Botafogo e 17, nas 77 que jogou pela Seleção Brasileira.

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Títulos:
Campeonato Carioca: 1967 e 1968 (Botafogo); 1972 (Flamengo); 1975 e 1976 (Fluminense)
Taça Brasil: 1968 (Botafogo)
Copa do Mundo: 1970
Mundial Interclubes: 1983 (Grêmio)

Fonte: Wikipédia

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Link para o livro: Submarino